Hallux Rigidus / Hallux Limitus

• Hallux Limitus: Refere-se à limitação da amplitude de movimento na articulação do dedo grande do pé. A dor e a rigidez são mais pronunciadas durante atividades que exigem a mobilidade.
• Hallux Rigidus: É uma forma mais avançada de Hallux Limitus, caracterizada pela rigidez quase completa da articulação do dedo grande. Isso limita severamente a capacidade de flexão do dedo e pode causar dor significativa.

As causas das duas condições podem incluir:

• Artrite: Artrite degenerativa, como a osteoartrite, é uma das principais causas, resultando num desgaste da cartilagem da articulação do dedo e perda de mobilidade.
• Trauma: Lesões ou traumas repetitivos na articulação do dedo, como fraturas ou entorses, podem levar ao desenvolvimento dessas condições.
• Deformidades Estruturais: Alterações anatômicas no pé, como o Hallux Valgus (joanete) ou outras deformidades do arco, podem contribuir para o desenvolvimento de Hallux Rigidus e Limitus.
• Uso Excessivo: Atividades que exigem flexão repetitiva do 1º dedo do pé, como correr ou saltar, podem sobrecarregar a articulação e resultar em desgaste e rigidez.

Os sintomas variam dependendo da gravidade da condição e podem incluir:

• Dor no Dedo Grande do Pé: Dor localizada na articulação, que pode piorar com atividades que envolvem a flexão do dedo para baixo.
• Rigidez: Restrição da amplitude de movimento na articulação do dedo, tornando difícil dobrar ou esticar o dedo completamente.
• Inchaço e Inflamação: A articulação afetada pode estar inchada e inflamada, especialmente após atividades físicas.
• Dor ao Caminhar: Desconforto ou dor ao caminhar ou usar calçado, particularmente aqueles que pressionam a articulação do 1º dedo.
• Formação de Esporões Ósseos: Em casos avançados, pode existir a formação de esporões ósseos (osteófitos) ao redor da articulação, o que pode agravar a dor e a rigidez.

Para diagnosticar essas condições, os médicos utilizam:

• Exame Físico: Avaliação da dor, rigidez e amplitude de movimento na articulação do dedo grande do pé. O médico pode realizar testes específicos para verificar a mobilidade e identificar a presença de esporões ósseos.
• Exame de Imagem: Radiografias em carga dos pés (raios-X) são usadas para visualizar alterações na articulação, como desgaste da cartilagem, esporões ósseos e alterações ósseas associadas. Em alguns casos, a tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância magnética (RMN) podem ser necessárias para uma avaliação mais detalhada.

O tratamento visa aliviar a dor, melhorar a mobilidade e prevenir a progressão da condição. As opções incluem:

• Tratamento Conservador: Inclui o uso de calçados com ponta larga e solas rígidas, palmilhas ortopédicas para suporte adicional e dispositivos de apoio para reduzir a pressão sobre a articulação do 1º dedo.
• Medicação: Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) podem ser utilizados para controlar a dor e a inflamação associadas à condição.
• Fisioterapia: Exercícios específicos para melhorar a mobilidade e fortalecer os músculos em torno da articulação podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a função.
• Injeções de Corticosteroides: Injeções na articulação podem ajudar a reduzir a inflamação e a dor, especialmente em casos agudos.
• Cirurgia: Em casos mais graves ou quando os tratamentos conservadores não são eficazes, a cirurgia pode ser necessária. Procedimentos cirúrgicos podem incluir a remoção de esporões ósseos, a artroplastia (substituição da articulação) ou a artrodese (fusão da articulação).

Algumas medidas preventivas incluem:

• Uso de Calçado Adequado: Escolher sapatos que oferecem suporte, amortecimento e espaço suficiente para os dedos pode ajudar a reduzir a pressão na articulação.
• Controlo do Peso: Manter um peso saudável pode ajudar a reduzir o stress nas articulações e prevenir a progressão da condição.
• Correção da Biomecânica: Corrigir anomalias na mecânica do pé e realizar ajustes no padrão de marcha pode ajudar a evitar lesões e desconfortos.